quarta-feira, 31 de julho de 2013

Castelo de Santa Maria da Feira, Aveiro


Amanhã inicia mais uma Feira Medieval no concelho de Santa Maria da Feira, uma das maiores feiras medievais de Portugal. Vale a pena uma visita a este local na altura da Viagem Medieval, o espaço, a organização cuidada e detalhada, fazem deste evento uma autêntica viagem no tempo. E este ano vai ser até ao reinado de D. Afonso II.
Fora deste período, podemos sempre fazer uma visita mais tranquila ao Castelo que é o ponto central deste evento e que, para além do seu papel militar crucial, foi importante a nível político e cultural, contribuindo para a vitória de S. Mamede em 1128.

A história deste Castelo remonta aos tempos romanos e é possível verificar vestígios muçulmanos na cantaria das suas muralhas. Só com a vinda do Conde D. Henrique, e com a força das armas, é que este castelo foi recuperado e se tornou num ponto fundamental da fronteira do Condado Portucalense. E é deste período que vai ser dotado de toda a austeridade e volumetria que caracteriza o românico. Contudo, as alterações e melhoramentos que foi alvo no século XIV, inscrevendo-o nas estruturas militares góticas, é que o conduziram ao aspecto que tem nos dias de hoje. 

O Castelo encontra-se no topo de uma colina e tem uma planta oval, marcada do lado meridional pela Torre de Menagem e pela Alcáçova, do século XV, onde se destacam quatro elegantes torreões coroados por coruchéus piramidais. Na parte interior, encontramos um amplo salão coberto por uma abóbada gótica, com quatro lareiras, uma galeria alta e uma escada que dá acesso ao eirado do castelo.   

As muralhas em alvenaria e cantaria circundam uma ampla praça de armas, onde ainda são visíveis os vestígios do antigo palácio seiscentista. A porta de entrada é protegida por uma pequena barbacã, defendendo as portas de acesso e dispostas em diferentes posições. Extramuros encontramos uma capela consagrada à Nossa Senhora da Encarnação, do período barroco que suaviza a beleza severa deste magnífico monumento militar.




Horário:
3ª a 6ª - 09h30 às 12h30 e 13h30 às 18h00
Sáb. Dom. e Feriados - 10h00 às 12h30 e 13h30 às 18h30

Entrada:
3€

Boa Visita !



Onde estamos? Torre de Belém, Lisboa


Estamos na Torre de Belém em Lisboa, mesmo em cima do rio Tejo, num dos monumentos mais marcantes da cidade de Lisboa.

A Torre de S. Vicente a Par de Belém, conhecida apenas como Torre de Belém, reflecte os tempos áureos em que Portugal era uma potência marítima e comercial no Ocidente Europeu.  O edificio só viria a ser edificado em 1514, no reinado de D. Manuel I, tendo como arquitecto Francisco de Arruda. No entanto, no reinado de D. João II, entre 1481-95, já são conhecidas referências a uma fortificação neste local que integrava o plano defensivo da barra do rio Tejo., o Baluarte do Restelo. 

A sua construção ficou concluída em 1520, composta por torre e baluarte e com o passar do tempo foi perdendo as suas funções defensivas, passando a ser registo aduaneiro, posto de sinalização e farol. Os seus paióis (local de armazenagem do equipamento militar) chegou a ser usado como masmorras para os presos políticos nos reinados de Filipe II de Espanha e de D. João IV de Portugal. O estilo da sua construção é tipicamente manuelino e marca o fim da tradição das torres de menagem medievais. Na sua decoração exterior sobressaem as cordas e os nós esculpidos na pedra, as galerias abertas, torres de vigia do estilo mourisco, ameias em forma de escudos decoradas com esferas armilares, a Cruz da Ordem de Cristo e os elementos naturalista alusivos às navegações. Por outro lado, o seu interior é mais austero com uma influência gótica. A torre tem uma planta quadrangular, de tradição medieval, e é composta por cinco pisos.

Em 1907 foi classificada como Monumento Nacional e em 1983 é Património Mundial pela UNESCO.








Horário:
Todos os dias das 10h00 às 18h00

Entrada:
5€
Grátis Domingos e Feriados até as 14h00



Boa Visita!










terça-feira, 30 de julho de 2013

Muralha de Ávila



A nossa visita de hoje é ao nosso país vizinho, mais propriamente a Ávila, a cidade mais alta de Espanha, na comunidade autónoma de Castela e Leão. Esta cidade é conhecida pela sua extensa muralha medieval que circunda toda a parte antiga da cidade, que nos transporta para a Idade Média. De estilo militar românico, é a única construção militar cristã da Europa que se mantêm tal e qual foi construída. A data da sua construção é muito discutida, alguns investigadores apontam para um período antes de 1090 e outros consideram mais seguro a segunda metade do século XII. No entanto, não se pode negar o seu papel fundamental no período da Reconquista na Península Ibérica como fronteira com o mundo islâmico. 

A muralha tem 2516 metros de perímetro, 2500 ameias, 87 torreões e 9 portas, também chamadas de arcos onde se destaca a porta de Carmen. Na construção da muralha está presente o reaproveitamento de materiais romanos e uma certa influência deste povo. Não podemos esquecer a forte presença romana na Península Ibérica. No interior do recinto, podemos também visitar uma igreja erigida entre os séculos XII e XIV que estava integrada no sistema defensivo, fazendo a ponte entre o carácter religioso e militar. 









Boa Visita !






Simple as that !


domingo, 28 de julho de 2013

Praia da Adraga, Sintra


Inserida no Parque Natural Sintra-Cascais, encontramos a Praia da Agrada. O acesso é feito por uma estrada sinuosa, por entre as falésias até chegarmos ao areal e vermos o azul límpido da água do mar. Um praia que consegue manter a sua personalidade e o seu espírito mais selvagem e natural. Tem parque de estacionamento perto, mas que no Verão pode ser insuficiente tendo em conta a afluência de turistas. Em 2003 o jornal britânico The Sunday Times considerava-a uma das 20 melhores praias europeias, numa escolha realizada entre os leitores e os seus jornalistas.  





Boa Praia !






Onde estamos?


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Castelo de Loulé


Sempre que pensamos em fazer férias ou uma escapadinha no Algarve, as primeiras imagens que nos ocorrem são os dias de sol, as praias fabulosas, o cheiro tão característico dos dias algarvios,... Poucas, ou quase nenhumas, são as vezes em que nos lembramos do património cultural e monumental riquíssimo que existe por toda a região do Algarve.

Hoje vamos conhecer um desses monumentos: o Castelo de Loulé. 


Loulé era um dos principais centros administrativos islâmicos da Península Ibérica e o que resta do seu castelo e das suas muralhas são provas visíveis dessa importância. As cidades islâmicas mais destacadas dividiam-se em alcáçova (onde estava localizada a forma militar) e medina (pólo administrativo), e estes espaços ainda podem ser observados hoje em dia no Castelo de Loulé. 
Com a conquista, em 1249, de D. Afonso III do Algarve, toda esta região foi alvo de uma reestruturação e adaptação à sociedade cristão. Por exemplo, o minarete da mesquita foi transformado na torre sineira da Igreja de S. Clemente. 
É um belo exemplar de arquitectura militar medieval, onde ainda são visíveis as influências da ocupação muçulmana.



Junto ao Castelo de Loulé, é ainda possível visitar o Museu Municipal de Loulé e é aqui que se adquire o bilhete para se poder visitar as muralhas.


Horário:
Seg. à Sex. das 09h00 às 18h00
Sábado das 09h00 às 14h00

Bilhete:
1,62€


Boa Visita !



terça-feira, 23 de julho de 2013

Viajar é muito mais que Km's percorridos!


Praia de Porto Covo e Ilha do Pessegueiro



Já entrados no Parque Natural Alentejano, a Sul de Sines, encontramos a localidade de Porto Covo que é conhecida pelas suas praias de água azul clara e areia fina, protegidas por falésias escarpadas. A praia das imagens é a maior e mais concorrida durante o Verão: a Praia Grande de Porto Covo. Aqui, podem também encontrar bar e restaurante, como outros serviços de apoio. 

É também a partir daqui que, durante a época balnear, podemos apanhar um barco que faz a ligação com a Ilha do Pessegueiro. A menos de duas milhas marítimas, podemos visitar a ilha que me tempos foi habitada por romanos e cartagineses, conservando ainda vestígios arqueológicos e ruínas de um forte. O Forte da Ilha do Pessegueiro foi mandado construir durante a Dinastia Filipina, século XVI, para defender a costa do ataque de corsários. As obras ficaram paradas durante vários anos, sendo retomadas no final do século XVII, no reinado de D. Pedro II, altura em que também se iniciou a edificação de um forte na parte interior da ilha, conhecido como o Forte da Ilha de Dentro. 






NOTA: O Forte não se encontra aberto ao público.


Boa Visita !






segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sé Catedral de Évora






Iniciada em 1186 e consagrada em 1204, a Basílica Sé Catedral de Évora só no ano de 1250 é que ficou concluída. É a maior Catedral portuguesa e marca um período de transição da arte românica para a arte gótica. Nos finais da Idade Média, foi alvo de obras de melhoramento e daqui resultou o coro-alto, o púlpito, o baptistério e o arco da capela da Nossa Senhora da Piedade. Também no período barroco foram introduzidas melhorias, nomeadamente, os retábulos em talha dourada e a capela-mor, patrocinada pelo rei D. João V, onde sobressai a exuberância dos mármores e teve como arquitecto o mesmo que esteve encarregue do Convento de Mafra. 
O claustro data de 1325, mandado construir pelo bispo D. Pedro, e é um magnífico exemplar gótico onde podemos encontrar os túmulos dos arcebispos de Évora falecidos no século XX, como do próprio D. Pedro. Para além disto, também podemos visitar o Tesouro e Museu de Arte Sacra, com peças diversas, como o báculo do Cardeal D. Henrique que foi arcebispo de Évora e Rei de Portugal. 
Segundo reza a história, foi nesta catedral que foram benzidas as bandeiras da frota de Vasco da Gama em 1497!

Horário:

Ter.-Dom. das 09h00 às 17h00
Seg. das 09h00 às 12h20 e das 14h00 às 16h50

Entrada:

Catedral - 1,50€
Catedral e Claustro - 2,50€


Boa Visita!



sábado, 20 de julho de 2013

Museu Nacional Soares dos Reis, Porto


De entre os muitos museus que se podem visitar na cidade do Porto, o Museus Nacional Soares dos Reis destaca-se por ter sido o primeiro museu público de arte no país. Fundado em 1833, destinava-se a recolher os bens confiscados aos conventos abandonados do Porto e os dos extintos fora desta cidade. 



Só em 1940 é que o Museu conhece as instalações que hoje tem: o Palácio das Carrancas. Este palácio foi construído em 1795 e era a habitação da família Moraes e Castro, família burguesa com prósperos negócios na cidade. Para além disso, por este palácio também passaram personagens ilustres tendo servido de quartel general durante as Invasões Francesas.

No ano de 1861, é convertido em Paço Real, albergando a família real portuguesa aquando das deslocações ao Norte de Portugal. Em 1932, após a morte de D. Manuel II, o Palácio das Carrancas é deixado em testamento à Misericórdia, para que aqui se instalasse um hospital. Ano em que o Museu também adquire o estatuto de Museu Nacional.



Com uma rica colecção de arte dos séculos XVI ao XIX, onde se destacam sobretudo as obras de produção nacional. Desde a pintura à ourivesaria, passando pela cerâmica, mobiliário e escultura. Aqui, destaca-se a obra "O Desterrado" do escultor que dá o nome ao museu, António Soares dos Reis (1847-1889), esculpido em Roma em 1872.





Horário:
Terça das 14h00 às 18h00
Quarta a Domingo das 10h00 às 18h00
Bilhete - 5€

Boa Visita!





sexta-feira, 19 de julho de 2013

Sé Catedral, Guarda

Hoje voltamos às Catedrais, mas desta vez vamos visitar uma que fica no interior de Portugal e que serviu de fortaleza durante as guerras travadas na fronteira.

Vamos visitar a Catedral da Guarda!


A construção actual remonta aos finais do século XIV, reinado de D. João de Portugal, por iniciativa do bispo Vasco, de Lamego. No entanto, as obras só ficaram concluídas no reinado de D. João III (XVI).
O que motivou a sua construção foi o facto de em 1199, a Guarda ter-se tornado sede de bispado o que obrigou à construção de uma nova catedral. A actual, é a terceira, visto as anteriores terem sido destruídas.
 

Em 1898, o arquitecto Rosendo Carvalheira levou a cabo uma importante intervenção de restauro revivalista, que se nota pelo estado de conservação do monumento.
Por ter sido uma obra demorada, apresenta elementos do estilo ogival, gótico e joanino, com pormenores do manuelino, como o portal. No interior possui uma das obras-primas da escultura do século XVI, o retábulo em pedra de Ançã atribuído a João de Ruão, que tem como tema a Paixão de Cristo.
Os constantes conflitos que existiam na fronteira levaram a que a Catedral adquirisse uma aspecto mais militar e de fortaleza, do que de edifício religioso.






Actualmente, integra um projecto de visitas encenadas ao centro histórico da Guarda, como também se podem realizar visitas livres.

Horário:
Verão: Das 10:00H às 13:30H e das 15:00H às 18:30H
Inverno: Das 9:00H às 12:30H e das 14:00H às 17:30H
Encerra à 2ª e 3ª feira e no 3º fim-de-semana do mês
A subida aos terraços tem um custo de 1,50€.

Boa Visita!